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  • Title: Memria e Amor
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    • Gostaria, primeiramente, de falar sobre algumas das maneiras pelas quais a alma humana se expressa durante a vida terrena, na medida em que podem ser relacionadas a experiências no mundo espiritual. A partir das minhas duas últimas palestras aqui, vocês terão percebido que as experiências da alma humana entre a morte e o renascimento diferem essencialmente daquelas entre o nascimento e a morte. Aqui na Terra as experiências de um homem são todas mediadas por seu corpo, seja o corpo físico ou o corpo etérico. Nada do que ele experimenta na Terra pode se dar sem o apoio da natureza corpórea. Poderíamos facilmente imaginar, por exemplo, que o pensar é um ato puramente espiritual e que, da maneira como sucede na alma humana terrena, não se relaciona a existência em um corpo. Em certo sentido, é assim. Mas espiritualmente independente como o pensamento humano é, ele não poderia seguir seu curso aqui na existência terrena se fosse incapaz de receber o suporte do corpo e de seus processos. Posso me valer de uma comparação que usei muitas vezes aqui em ocasiões semelhantes. Quando um homem está caminhando, o solo em que caminha certamente não é a parte essencial de sua atividade – a parte essencial está dentro de sua pele –, mas sem o apoio do solo ele não poderia obter êxito.
    • Na vida espiritual entre a morte e um novo nascimento, prevalece exatamente o oposto. Lá, realmente sabemos o que está dentro de nós. É como se aqui na Terra não víssemos árvores nem nuvens lá fora, mas olhássemos principalmente para dentro de nós, dizendo: aqui está o pulmão, aqui está o coração, aqui está o estômago. No mundo espiritual contemplamos nosso próprio interior. Mas o que vemos é o mundo dos seres espirituais, o mundo que aprendemos a conhecer em nossa literatura antroposófica como o mundo das hierarquias superiores. Esse é o nosso mundo interior. E entre a morte e o renascimento, sentimo-nos realmente ser o mundo inteiro – quando falo do todo é apenas figurativamente, mas é inteiramente verdade – às vezes cada um de nós se sente ser o mundo inteiro. E nos momentos mais importantes de nossa existência espiritual entre a morte e um novo nascimento sentimos nosso interior e experimentamos o mundo dos seres espirituais, conscientes deles. É tão verdade que lá temos consciência de espíritos do mundo superior dentro de nós quanto é verdade que aqui na Terra não temos consciência de nosso interior: do fígado, dos pulmões e assim por diante. O que é mais característico é que, na experiência espiritual, toda nossa experiência física é invertida. Gradualmente, por meio do conhecimento da iniciação, aprendemos como isso deve ser entendido.
    • Esse processo rítmico constantemente repetido pode ser comparado com duas coisas diferentes aqui na existência física terrena. Pode ser comparado com a inspiração e a expiração, e também com o sono e a vigília. Na existência física na Terra, ambos são processos rítmicos – ambos podem ser comparados com o que venho descrevendo. Mas com os processos que ocorrem no mundo espiritual entre a morte e o renascimento, não se trata de saber algo de uma forma puramente abstrata, ou – devo acrescentar – para a satisfação de curiosidade espiritual; trata-se de reconhecer a vida na Terra como uma imagem do supraterrestre. E surge necessariamente a questão: o que acontece na vida terrena que se assemelha a uma faculdade de memória não possuída pelo homem em sua consciência comum, uma faculdade que pode ser possuída por seres das hierarquias, arcanjos? O que há na vida física que é como uma memória de se viver no mundo dos seres espirituais, ou como uma memória de se experimentar a si mesmo lá?
    • Ora, meus queridos amigos, se entre a morte e um novo nascimento não tivéssemos a experiência de olhar para dentro de nós mesmos e de encontrar o mundo do espírito, aqui na Terra não haveria tal coisa como moral. O que retemos dessa experiência dos seres no mundo espiritual, quando entramos na vida terrena, é uma inclinação para a vida moral. A força dessa inclinação se dá proporcionalmente à clareza com que, entre a morte e o novo nascimento, o homem experimentou a convivência com os espíritos do mundo superior. E qualquer um que, em um sentido espiritualmente correto, examine essas coisas, sabe que os homens imorais, como resultado de sua vida anterior na Terra, tiveram uma experiência muito embotada dessa existência espiritual. Mas, se entre a morte e um novo nascimento, pudéssemos experimentar apenas o que nos torna um com os seres do mundo superior, e nunca pudéssemos experimentar a nós mesmos, então seria impossível alcançarmos, na Terra, a liberdade, consciência da liberdade, consciência da nossa personalidade, que é fundamentalmente idêntica à consciência da liberdade. Assim, quando, na Terra, desenvolvemos moralidade e liberdade, elas são memórias do ritmo que experimentamos no mundo espiritual entre a morte e um novo nascimento. Ao direcionarmos nosso olhar à alma, podemos falar mais precisamente sobre o que nela ecoa: por um lado, tornar-se um com os seres espirituais e, por outro, nossa experiência da consciência espiritual do eu. O que durante a vida terrena permanece em nossa alma como um eco de nos tornarmos um com os seres do mundo espiritual é a capacidade para o amor. Essa capacidade para o amor está mais intimamente relacionada à vida moral do que se pensa.Pois sem a capacidade para o amor, não haveria vida moral aqui na Terra; tudo isso surge da compreensão com que nos depar
    • amos com a alma de outrem, e do esforço para realizar o que fazemos a partir dessa compreensão. Comportarmo-nos abnegadamente com os demais e agirmos moralmente no amor são essencialmente ecos de nossa vida em comunhão com seres espirituais, entre a morte e o renascimento; e isso permanece conosco depois da nossa experiência do que se poderia chamar de solidão – pois é sentida como solitária a experiência do nosso eu no mundo espiritual quando, por assim dizer, expiramos. A inspiração é como uma experiência de seres espirituais; a expiração é como uma experiência do nosso eu. Mas sentir-se solitário – bem, esse sentimento tem seu eco aqui na Terra na nossa capacidade para a lembrança, nossa memória. Como seres humanos, não teríamos memória se ela não fosse um eco do que descrevemos como um sentimento de solidão. Somos indivíduos reais no mundo espiritual porque – não posso dizer que seja porque nos retiramos para dentro de nós mesmos – mas porque somos capazes de nos libertar dos espíritos superiores dentro de nós. Isso nos torna independentes no mundo espiritual. Aqui na Terra somos independentes porque somos capazes de lembrar nossas experiências. Pense no que seria de sua independência se, em seus pensamentos, você tivesse que viver sempre no presente. Seus pensamentos lembrados são o que possibilita que você tenha uma vida interior. Lembrar nos torna personalidades aqui na Terra. E lembrar é o eco do que descrevi como a experiência de solidão no mundo espiritual.
    • Pois bem, por que descemos ao mundo físico do mundo espiritual? Vocês poderão deduzir, a partir do que eu disse aqui da última vez, que as forças que nos mantêm juntos com os seres espirituais superiores decaem. Aqui na vida física, envelhecemos porque as forças que nos mantêm em conexão com a Terra física diminuem; lá, enfraquece o que nos mantêm ligados aos seres espirituais. Diminuem principalmente as forças que permitem que nos apreendamos em meio aos seres espirituais e que nos possibilitam sermos independentes. No mundo espiritual, por um período considerável antes de descermos à Terra, perdemos a capacidade de conviver com os seres espirituais. Com o auxílio dos seres espirituais, formamos a semente espiritual de nosso corpo físico, que enviamos primeiramente; daí nos apropriamos de nosso corpo etérico e prosseguimos. Ilustrei-lhes isso em minha última palestra. Nossa capacidade de viver com seres espirituais no mundo espiritual desbota e percebemos como, por meio das forças da lua, nos aproximamos cada vez mais da Terra. Sentimo-nos como um eu, mas cada vez menos capazes de compreender as regiões espirituais, ou de nos manter nelas; tal capacidade se torna cada vez mais débil. Temos um sentimento crescente de que o desfalecimento prevalecerá sobre nós, no mundo espiritual. Isso cria uma necessidade de que aquilo que não mais conseguimos carregar conosco – o sentimento do eu – seja sustentado por algo externo, a saber, nosso corpo: surge uma necessidade de sermos sustentados por um corpo. Eu poderia dizer que, gradualmente, temos que desaprender a voar e aprender a andar. Vocês sabem que estou falando figurativamente, mas a imagem está em absoluto acordo com a verdade, com a realidade. É assim que encontramos o caminho para nosso corpo. O sentimento de solidão encontra um refúgio no corpo e se converte na faculdade da lembrança, e temos que nos empenhar para alcançar um novo sentimento de comunhão, na Terra. Isso se
    • Assim, entre ir dormir e acordar, o homem experiencia de fato uma espécie de repetição ao contrário do que realizou no decorrer do dia. Não é que simplesmente entre ir dormir e acordar – o sono pode ser bastante curto, e então as coisas são condensadas –... não é que simplesmente entre ir dormir e acordar o homemtenha uma visão retrospectiva de suas experiências durante o dia – uma visão inconsciente, pois naturalmente deve ser inconsciente. Não; quando a alma, durante o sono, se torna realmente clarividente, ou quando a alma clarividente relembra na memória as experiências entre ir dormir e acordar, vê-se que o homemrealmente experiencia no sentido reverso o que havia vivenciado desde a última vez que despertou. Se ele dorme a noite toda da forma usual, ele retrocede no que fez durante o dia. O último evento ocorre imediatamente após seu adormecer, e assim por diante. Todo o seu sono funciona de uma forma maravilhosamente reguladora. Só lhes posso falar sobre o que pode ser investigado pela ciência espiritual. Quando vocês adormecem por quinze minutos, o início do sono sabe quando acabará, e nesse quarto de hora vocês experimentam, na ordem inversa, o que trouxeram desde a última vez que acordaram. A tudo é dado a proporção correta – por mais maravilhoso que isso possa parecer. E pode-se dizer que essa experiência retrospectiva reside entre a realidade e a aparência.
    • Se alguém tem uma imagem na memória de algo experimentado na vida física vinte anos antes, uma pessoa saudável e reflexiva não a considerará uma experiência presente; é da natureza da própria imagem da memória que a relacionemos a uma experiência passada. Quem olha de forma clarividente para o que a alma vivencia durante o sono, em ordem inversa, não conecta isso ao presente; mas ao futuro após a morte. Assim como qualquer pessoa percebe que sua lembrança de algo vivido vinte anos antes se refere àquele tempo passado, também quem vê o estado de sono por meio da clarividência sabe que o que enxerga não tem significado para o presente, mas prenuncia o que deverá ser experimentado após a morte, quando tivermos que percorrer, ao reverso, tudo o que tivermos feito na Terra. É por isso que essa imagem do sono é meio-realidade, meio-aparência: está relacionada ao futuro. Logo, para a consciência comum, é uma experiência inconsciente daquilo por que o homem tem de passar, que chamei em meu livroTeosofia de mundo da alma. E a consciência intuitiva e inspirada, descrita em meu livroO conhecimento dos mundos superiores, reúne, a partir da observação do sono, o que o homem tem que passar durante o primeiro estágio após a morte. Essas coisas não são meras fabricações; são claramente observadas, uma vez que o dom da observação tenha sido adquirido. Portanto, desde ir dormir até despertar, o homem vivencia, sem o seu corpo, o que fez com ele quando acordado.
    • Chegamos agora a um conceito extraordinariamente sutil. Pense em como, de fora, temos que viver nossas ações novamente com nosso ego e com nosso corpo astral. A capacidade de fazê-lo é adquirida na proporção do grau de amor que desenvolvemos. Esse é o segredo da vida, no que diz respeito ao amor. Se um homem é realmente capaz de desprender-se de si mesmo no amor, amando ao próximo como a si mesmo, aprende o que precisa durante o sono para experienciar, ao contrário, plenamente e sem dor, o que deve ser vivenciado dessa forma. Porque, nesta hora, ele deve estar completamente fora de si mesmo. Se um homem é um ser sem amor, surge uma sensação quando, fora de si, ele tem que experimentar as ações que realizou sem amor. Isso o retém. Pessoas sem amor dormem como se – para usar uma metáfora – tivessem falta de fôlego. Assim, tudo o que somos capazes de cultivar em nós por meio do amor se torna verdadeiramente frutífero durante o sono. E o que é assim desenvolvido entre irmos dormir e acordar atravessa o portão da morte e subsiste no mundo espiritual.  Aquilo que se perde entre a morte e o renascimento, quando vivemos junto aos os seres espirituais dos mundos superiores, é recuperado por nós como uma semente, durante a vida terrena, por meio do amor. Pois o amor revela seu significado quando, com seu ego e corpo astral, o homem, dormindo, está fora de seu corpo físico e corpo etérico. Entre ir dormir e acordar, seu ser essencial se amplia, se ele está cheio de amor, e se prepara bem para o que lhe acontecerá depois da morte. Se ele não tem amor e está mal preparado para o que lhe acontecerá após a morte, seu ser se estreita. A semente para o que acontece após a morte repousa preeminentemente no desdobramento do amor.
    • Assim, meus queridos amigos, comparei a experiência do homem em conexão com seres superiores no mundo espiritual, que alterna com sua experiência do eu, com a respiração: inspiração e expiração. Em nosso processo respiratório e nos processos relacionados com a fala e o canto, podemos reconhecer uma imagem da “respiração” no mundo espiritual. Conforme eu já disse, nossa vida no mundo espiritual entre a morte e um novo nascimento alterna entre a contemplação do eu interior e o tornar-se um com os seres das hierarquias superiores; olhar de dentro para fora, tornar-nos um com nós mesmos. Isso ocorre tal como inspirar e expirar. Inspiramo-nos e depois nos expiramos; e isto é, obviamente, uma respiração espiritual. Aqui na Terra, esse processo de respiração se torna memória e amor. E, de fato, a memória e o amor também atuam juntos aqui na vida física terrena como uma espécie de respiração. E se com os olhos da alma vocês forem capazes de ver corretamente esta vida física, serão capazes de observar em uma importante manifestação da respiração – no falar e no cantar – a atuação fisiológica conjunta da memória e do amor.
    • Hoje a ciência da fisiologia não atingiu o ponto em que pode descrever detalhadamente o processo que acabamos de desenhar. A ciência espiritual é capaz disso e a ciência fisiológica certamente alcançará tal entendimento, pois essas coisas podem ser descobertas a partir da observação atenta da natureza humana. Pode-se dizer que, quando emitimos um som ou uma nota, primeiramente, a cabeça é acionada. Mas da cabeça procede a mesma faculdade que, interiormente, na alma, confere a memória, que sustenta o som e o tom: isso vem de cima. É inconcebível alguém poder falar sem possuir a faculdade da memória. Se sempre nos esquecêssemos o que está contido no som ou no tom, nunca seríamos capazes de falar ou de cantar. É precisamente a memória incorporada que perdura no tom ou som; por outro lado, no que concerne ao amor, mesmo em seu sentido fisiológico – no processo respiratório que dá origem à fala e ao canto – tem-se um testemunho claro no pleno volume interior do tom que chega ao homem na puberdade, quando o amor encontra expressão fisiológica durante o segundo período importante da vida: isso vem de baixo. Aí estão os dois elementos juntos: de cima, o que está na base fisiológica da memória; de baixo, o que está na base fisiológica do amor. Juntos, eles formam o tom na fala e na canção. Aí está sua interação recíproca. De certa forma, é também um processo de respiração que percorre toda a vida. Assim como inspiramos oxigênio e expiramos dióxido de carbono, temos unidas em nós a força da memória e a força do amor, encontrando-se na fala, encontrando-se no tom. Pode-se dizer que falar e cantar, no homem, são um intercâmbio alternado de permeação pela força da memória e pela força do amor.
    • Portanto, há uma genuína verdade no que é expresso nas línguas mais antigas ao denominarem Logos a soma das forças e dos pensamentos do mundo. Esse é o outro lado, o lado suprafísico daquilo que tem expressão física na fala. Não apenas inspiramos e expiramos seres superiores entre a morte e o renascimento, mas também falamos, embora essa fala seja ao mesmo tempo um canto. Na alternância entre irmos aos seres espirituais e retornarmos a nós mesmos, falamos um falar espiritual com os seres das hierarquias superiores. Quando estamos no estado de nos tornarmos um com os seres do mundo espiritual, olhamos para eles, embora estejam dentro de nós. Quando nos libertamos deles novamente e voltamos a nós mesmos, então temos o efeito posterior, somos então nós mesmos. Lá eles expressam seu próprio ser em nós, nos dizem o que são – o Logos vive em nós. Na Terra, isso é invertido; na fala e na canção, nosso próprio ser é expresso. Expressamos todo o nosso ser no processo de expiração; ao passo que quando entre a morte e o renascimento liberamos os seres espirituais, recebemos, no Logos, todo o ser do mundo.
    • Mas, meus queridos amigos, o fato é que quando passamos do mundo espiritual para o físico, passamos pelo grande esquecimento. Quem, com consciência comum, vê aqui, na força fraca e sombria da memória, o eco do que éramos como “eu” no mundo espiritual? Quem ainda reconhece na fala, na parte vinda da memória, a pós-vibração do eu? Quem reconhece na formação plástica do discurso, no canto e na fala, um eco dos seres das hierarquias superiores? Ainda assim, não é verdade que quem aprende a ouvir o discurso sem levar em consideração o significado, quem dá ouvidos ao que os tons expressam por sua própria natureza, tem uma sensação – principalmente se tiver inclinação artística – de que mais é revelado na fala e no canto do que a consciência comum percebe? Por que então transformamos a fala comum que temos aqui na Terra como uma faculdade utilitária – por que a transformamos em canção, despojando-a de sua função utilitária e fazendo-a expressar nosso próprio ser em declamação, em música? Por que a transformamos? O que estamos fazendo em tal caso?
    • Obtemos a ideia acertada disso se dissermos: antes de descerem à Terra vocês estavam no mundo espiritual e viviam lá, conforme descrito. O grande esquecimento veio. No que sua boca profere, do que sua alma se lembra, em como sua alma ama, vocês não reconhecem o eco do que eram no mundo espiritual. Na arte, entretanto, recuamos alguns passos da vida, por assim dizer, e nos aproximamos do que éramos em nossa vida pré-natal e do que seremos em nossa vida após a morte. E se formos capazes de reconhecer como a memória é um eco do que tínhamos na vida pré-terrena, e como o desdobramento do amor é a semente do que teremos após a morte; se por meio do conhecimento do espírito imaginarmos o passado e o futuro da existência humana, na arte invocamos ao presente – na medida do possível para o homem em sua organização física – invocamos o que nos une ao espírito.
    • Esta é a glória essencial da arte: ela nos leva, por meios simples, ao mundo espiritual, no presente imediato. Quem é capaz de olhar para a vida interior do homem dirá: de modo geral, o homem se lembra apenas das coisas que vivenciou no curso de sua vida terrena atual. Mas a força pela qual ele se lembra dessas experiências terrenas é a força enfraquecida de sua existência como um eu na vida pré-terrena. E o amor que ele é capaz de desenvolver aqui como um amor universal da humanidade é a força enfraquecida da semente que frutificará após a morte. E assim como no canto e na fala declamatória aquilo que um homem é deve estar unido, pela memória, àquilo que ele pode dar ao mundo por meio do amor, assim também é em toda arte. Um homem pode experimentar uma harmonia de seu eu com o que está fora, mas a menos que seja capaz de mostrar externamente o que está dentro dele – seja no tom, na pintura ou em qualquer outro ramo da arte –, a menos que mostre na superfície o que ele é, o que a vida fez dele, qual é o conteúdo essencial de sua memória, ele não poderá ser um artista. Tampouco é um verdadeiro artista aquele que é acentuadamente inclinado a ser egotista em sua arte. Somente aqueles dispostos a se abrir para o mundo, os que se tornam um com seus semelhantes, os que desdobram o amor, são capazes de unir esse desdobramento do amor intimamente a seu próprio ser. Altruísmo e egotismo se unem em uma única corrente. Confluem naturalmente e mais intimamente nas artes sonoras, mas também nas artes plásticas. E quando, por meio de um certo aprofundamento de nossas forças de conhecimento, nos é revelado como o homem está conectado a um mundo suprassensível, no que diz respeito ao passado e ao futuro, podemos também dizer que o homem tem um antegosto presente desse vínculo, no criar e fruir artístico. Na verdade, a arte nunca adquire todo o seu valor se não estiver, em certa medida, de acordo com a religião. Não que tenha d
    • Prova abundante disso reside na maneira como a arte se desenvolveu. Originalmente era uma com a vida religiosa. Nas eras primitivas da humanidade, ela era imbuída nos cultos religiosos. As imagens que os homens formavam de seus deuses eram a fonte das artes plásticas. A título de exemplo, recordemos os Mistérios da Samotrácia a que alude Goethe na segunda parte de Fausto, onde fala dos Cabiros. [Vide ciclo de palestrasGoetheanism as an impulse for man's transformation,Dornach, janeiro de 1919.] Em meu estúdio em Dornach tentei fazer um desenho desses Cabiros. E o que resultou disso? Foi algo muito interessante. Simplesmente me propus a desvendar intuitivamente a maneira como os Cabiros teriam aparecido nos Mistérios da Samotrácia. E imagine só: cheguei a três jarros, mas jarros, é verdade, moldados plástica e artisticamente. A princípio fiquei pasmo, embora Goethe tenha realmente falado de jarros. O assunto ficou claro para mim apenas quando descobri que esses jarros ficavam sobre um altar: então, algo semelhante a incenso era colocado neles, as palavras sacrificiais eram cantadas, e pelo poder das palavras de sacrifício – que nos tempos mais antigos da humanidade carregavam uma força de estímulo vibratório bastante diferente de qualquer coisa possível hoje – a fumaça do incenso era formada na imagem desejada da divindade. Assim, no ritual, o cântico imediatamente se expressava plasticamente na fumaça do incenso.
    • A humanidade realmente adquiriu a arte da vida religiosa. E Schiller tem razão ao dizer: “Somente no alvorecer da beleza se avança para a terra do conhecimento”, que geralmente se encontra citado nos livros como “Somente através da porta da beleza se avança para a terra do conhecimento.” Se um artista comete um lapso, isso é passado para a posteridade. A leitura certa, é claro, é: “Somente no alvorecer da beleza se avança para a terra do conhecimento”. Em outras palavras: todo conhecimento vem por meio da arte. Fundamentalmente, não há conhecimento que não seja intimamente relacionado à arte. É apenas o conhecimento ligado ao exterior, à utilidade, que aparenta não ter ligação com a arte. Mas esse conhecimento só pode se estender ao que, no mundo, um mero lapidador saberia sobre pintura. Assim que na química ou na física se vai além – estou falando figurativamente, mas você sabe o que quero dizer – do que a mera retificação de cores implica, a ciência se torna arte. E quando o artístico é compreendido em sua natureza espiritual da maneira correta, ele gradualmente avança para o religioso. Arte, religião e ciência eram uma coisa só, e ainda é possível termos uma noção de sua origem comum. Isso alcançaremos apenas quando a civilização e o desenvolvimento humano retornarem ao espírito; quando levarmos a sério a relação existente entre o homem aqui, em sua existência física terrena, e o mundo espiritual. Devemos nos apropriar desse conhecimento sob os mais diversos pontos de vista.
  • Title: Popular Occultism: Lecture 3: The Different Conditions of Man's Life After Death
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    • year! Your temperament undergoes a far weaker change. A passionate child
    • will still be passionate in old age. The temperament is engraved in
    • We should strive, above all, to change our temperament to a certain
  • Title: Popular Occultism: Lecture 5: Life Between Death and a New Birth
    Matching lines:
    • an objective tableau, a panorama of pictures.
    • images of his life-panorama are of great importance, for they now become
  • Title: Popular Occultism: Lecture 7: Effects of the Law of Karma
    Matching lines:
    • external life-destinies. The inclinations, the temperament, etc. of
  • Title: i Spirituality: Lecture 1: Historical Symptomology, the Year 790, Alcuin, Greeks, Platonism, Aristotelianism, East, West, Middle, Ego
    Matching lines:
    • I would like to clarify this by a simple diagram.
    • Let us suppose that this is a flow of historical facts (see diagram). The driving forces lie, for
    • Let us assume that this (see diagram) took place in
    • framework of the logical-dialectical-legal element and draws from it a
    • in a higher or lower sense, is called a school, we need the frame of mind I have already tried to
    • this kind should work. That is all pointless. I attach no value to programmes or to statutes but
  • Title: New Spirituality: Lecture 3: The New Spirituality and the Christ Experiance of the Twentieth Century - 2
    Matching lines:
    • something which then streamed northwards in three branches (see diagram).
    • diagram) and formed the Spanish, the French and also a part of the British population — is
    • the language. Thus, in this stream here (see diagram), there was preserved for the West the
    • towards the East (see diagram). But we will first look at something that goes out from ancient
    • North and into the East via Byzantium (see diagram). What was together, though chaotically, in
  • Title: New Spirituality: Lecture 4: The New Spirituality and the Christ Experiance of the Twentieth Century - 3
    Matching lines:
    • way. I have shown this in my first Mystery Drama
    • Let us show diagramatically what might be meant
    • Schiller, having arrived at this point here (see diagram), would have gone
    • higher level of the Personality — which I will colour with red (see diagram) — was
    • to raise the curve of the lemniscate (see diagram) to a higher level.
    • Four Mystery Dramas,
  • Title: New Spirituality: Lecture 6: The New Spirituality and the Christ Experiance of the Twentieth Century - 5
    Matching lines:
    • that it has been stated by someone who has been to grammar school and university, has become a
  • Title: Talk To Young People:
    Matching lines:
    • same as always. Youth continually rampages against everything their
    • Schiller [Poet and dramatist
  • Title: "Heaven and Earth will pass away but my words will not pass away"
    Matching lines:
    • part of us. We could show this in diagrammatic form thus:
    • imagine that this diagram in any sense reproduces the truth. In
    • Diagram I.
    • imaginations: what man dreams, the Angelos imagines. (Diagram I.)
    • further to something that can be depicted by diagram, which this time
    • one similar to that of the plants (Diagram II). Thus, we carry not only
    • Diagram II.
    • Force) (Diagram III)
    • forms. (Jupiter) (Diagram III.) And when they become forms upon
    • Diagram III.
    • Diagram IV.
    • (Diagram IV.)
    • philosophical temperaments: What is the ultimate aim of mankind? We
    • transform the entire frame of mind and mood of the Soul from what they
  • Title: Tree of Life/Knowledge: Lecture II: Tree of Life - II
    Matching lines:
    • draw this somewhat diagrammatically (see p.5a) so that you may
    • himself, and so it remains in the etheric body alone (Diagram (b)
    • is sketched here (Diagram (c), p.5a) and there streamed towards this,
    • (Diagram (b), p.5a).
    • The predominance of this stream (diagram
  • Title: Tree of Life/Knowledge: Lecture III: The Power of Thought
    Matching lines:
    • Diagram (a) p.8a)
    • of giving back to the universe that which there is in man. (Diagram
    • I have just explained. When you observe this motion- (Diagram (a)
    • (diagram (b)) is a musical one; of the old world (a) is a plastic
    • present: something new must being (diagram Page 109 (a)). This
    • lined diagram p.10a) Justinian in this sense was the second stage.
  • Title: Tree of Life/Knowledge: Lecture IV: Harmonizing Thinking, Feeling and Willing
    Matching lines:
    • with our intellectual life (Diagram 1 yellow) which turns to the
    • following is what we should experience: If we call that (see diagram)
    • hides his own inner self. (Diagram II. Man) (Pg. 17)
    • reached a consciousness of this relation (Diagram II, Light
    • to a region which had framed a special world-concept in the course of
    • working upon another person e.g., upon Man #1 (Diagram Pg 2) and if
  • Title: Tree of Life/Knowledge: Lecture V: Tree of Knowledge - I
    Matching lines:
    • brings the sense-perceptions into the framework of space.
    • where there was to be a programme of Recitations. And as it happens
    • from time to time, especially in Recitation programmes, that the
    • there was found ready to recite the programme in place of the actress
    • — had according to the programme to recite the
  • Title: Tree of Life/Knowledge: Lecture VI: Tree of Knowledge - II
    Matching lines:
    • The diagram I have sketched here is to
    • and we must be clear that if we did not sketch it as a diagram, but
    • diagram — MISSING). You must not imagine this
    • such as these (see lower diagram). Thereby the etheric body can work
    • diagram p.l2a). This means that where the painter generally lays on
    • Diagram 12a
  • Title: World Downfall and Resurrection
    Matching lines:
    • civilisation. They lie before us clearly enough. The frame of
    • philosophy. In our methods of ‘cramming’ and in our
  • Title: Lecture: Philosophy and Anthroposophy
    Matching lines:
    • still paramount in the technique of thinking, yet another reason for men to
    • speaking when we frame a conception. If, for instance, we speak, in the
  • Title: Meditative Knowledge of Man: Lecture I: The Pedagogy of the West and of Central Europe: The Inner Attitude of the Teacher
    Matching lines:
    • speak of any kind of program.
  • Title: Meditative Knowledge of Man: Lecture III: Spiritual Knowledge of Man as the Fount of Educational Art
    Matching lines:
    • spirit; the art of education comes about. It must, be a conviction, a frame
  • Title: Social Understanding: Lecture II: Social Understanding Through Spiritual Scientific Knowledge
    Matching lines:
    • Let us represent diagrammatically by means of this line this world that is
    • can set up the most grandiose social programmes and develop the finest
  • Title: Lecture: Art As A Bridge Between The Sensible And The Supersensible
    Matching lines:
    • to replicate life naturalistically! To write dramas in the manner
  • Title: Leonardo's Spiritual Stature: Lecture
    Matching lines:
    • temperament or character might respond to what the picture
    • Supper, Leonardo introduced what can be called the dramatic
    • element. Indeed, a wonderfully dramatic moment presents itself
    • With dramatic power, in his “Last Supper” Leonardo
  • Title: The Worldview of Herman Grimm in Relation to Spiritual Science
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    • knew the various ramifications of Goethe's soul life.
    • single soul-force, e.g., reason or phantasy, becomes paramount,
  • Title: Imperialism: Lecture 3
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    • imperialism. The Holy Roman Empire used this framework to have
    • framework of the first imperialism.
    • framework of the state. Nationalism is added and the concept of the
    • opinion about, say socialism, even radical socialism: the framework
  • Title: Impulse for Renewal: Lecture I: Anthroposophy and Natural Science
    Matching lines:
    • a purely conceptual framework behind the phenomena. When one
    • isn't clear about it being a purely conceptual framework, that
    • claims this conceptual framework is reality, then one becomes
    • frameworks nail people down. Through them they become more
  • Title: Impulse for Renewal: Lecture III: Anthroposophy and Philosophy
    Matching lines:
    • drama during a time-consuming work of art, to which no finality
  • Title: Impulse for Renewal: Lecture VI: Anthroposophy and Theology
    Matching lines:
    • program item of the course) by thinking that what we were
    • that the Catholic Church denies the altar sacrament to anyone
    • Catholic church sacrament is difficult because those beliefs
  • Title: Impulse of Renewal: Lecture VII: Anthroposophy and the Science of Speech
    Matching lines:
    • nationalities, the latter with their frame of mind being that
  • Title: First Class, Vol. I: Lesson 2
    Matching lines:
    • first stanza of this mantram is written on the blackboard:]
    • my dear friends, each stanza will become a mantram for you,
  • Title: First Class, Vol. I: Lesson 3
    Matching lines:
    • order to convert the verse into a mantram, it would be good to
    • you wish to make it into a true mantram however, you must take
  • Title: First Class, Vol. I: Lesson 5
    Matching lines:
    • death, act in nothingness. We are cramped instead of being
    • active; the self is cramped.
  • Title: First Class, Vol. I: Lesson 6
    Matching lines:
    • summary="Diagram 2" bgcolor="black" border="0"
  • Title: First Class, Vol. I: Lesson 9
    Matching lines:
    • How water-beings are the framers of your being.
    • framers of your being.
  • Title: First Class, Vol. II: Lesson 10
    Matching lines:
    • the ram and the bull are included.
  • Title: First Class, Vol. II: Lesson 14
    Matching lines:
    • and fire in the right frame of mind.
  • Title: First Class, Vol. II: Lesson 18
    Matching lines:
    • take into our souls the inner drama of self-knowledge.
  • Title: First Class Lessons: Lesson XXIII (recapitulation)
    Matching lines:
    • Speech Formation and drama; in the afternoon at 3:30 p.m. the
  • Title: First Class Lessons: Lesson XXIV (recapitulation)
    Matching lines:
    • vanish in timidity; how death would have us cramped in
    • program for tomorrow is: again at 9.30 the Pastoral Medicine
  • Title: The Social Question: Lecture I: The True Form of the Social Question
    Matching lines:
    • Century. One still finds in some proletarian programs such
  • Title: The Social Question: Lecture II: Comparisons at Solving the Social Question based on Life's Realities
    Matching lines:
    • an inter-scrambled mixture but that they are orientated
    • if, instead of mere laws and state programs being introduced, a
    • comprehensive program for people in the way indicated here, had
    • program or ideal but it is the result of observation of those
    • it could be too late. It is not a program which can be
    • What we are dealing with here is not some random program but
  • Title: The Social Question: Lecture III: Fanaticism Versus a Real Conception of Life in Social Thinking and Willing
    Matching lines:
    • That was programmatic. This is not actually properly thought
    • frame for the rising state and bungled economic and state life
  • Title: The Social Question: Lecture IV: The Evolution of Social Thinking and Willing and Life's Circumstances for Current Humanity
    Matching lines:
    • programs, when one does not face up to the social organism
    • principles and programs, but through direct life, created in
    • or other program in order to bring good fortune or satisfaction
    • presented here is no program, it is not an ideal; it
    • interested in what a program or something similar can offer,
    • content into its frames from the developmental forces of modern
    • Therefore I have believed that a right program, if I may call
    • program but the reality — therefore I have believed that
  • Title: The Social Question: Lecture VI: What Significance does Work have for the Modern Proletarian?
    Matching lines:
    • refuge in the framework which has been created in recent times
  • Title: Lecture: Richard Wagner and Mysticism
    Matching lines:
    • later on broke off along their several paths. Music and dramatic
    • give birth to his musical dramas. To him, there were two supreme
    • dramatist who, with marvellous inner certainty, staged human action as
    • into this kind of dramatic art. Again, when human feeling would fain
    • expressed dramatically, must be contained in the music. That which the
    • music cannot express must be contained in the drama. — Richard
    • for art. Richard Wagner could not be a dramatist of everyday life, for
    • organs of creation, we can well understand why in his musical dramas
    • the deeds of Beings belonging to an unknown world through the dramatic
    • dramatic action and in the tones of a music expressing the invisible
    • apparent in music and drama alike.
  • Title: Community Building
    Matching lines:
    • frame of mind in which I speak to you today is not that in
  • Title: Community Building
    Matching lines:
    • program to refrain from using the word Anthroposophy.
    • arranged, and the program fixed by these scholars. The program
  • Title: Polarities in Evolution: Lecture 4: Western Secret Societies, Jesuitism, Leninism
    Matching lines:
    • that when it comes to their frame of mind, particularly
    • rebirth — I am showing it in diagrammatic form
  • Title: Polarities in Evolution: Lecture 5: How the Material Can Be Understood Only through the Spirit
    Matching lines:
    • approximately like this [see (a) in the diagram]. Two
    • relationship to these. In diagrammatic form I would draw
    • directions, as shown in the diagram.
    • indicate the directions of my ears. The same diagram
    • programme on programme. We cannot do this if we work out
  • Title: Polarities in Evolution: Lecture 6: Materialism and Mysticism, Knowledge as a Deed of the Soul
    Matching lines:
    • be real but use them as ideograms, ideal points in space.
  • Title: Polarities in Evolution: Lecture 7: Materialism, Mysticism, Anthroposophy, Liberalism, Conservatism
    Matching lines:
    • to a party programme when you have gone past the Guardian
    • a programme or system.
    • They know very well that to follow a party programme
    • than a programme to be followed in the physical world is
  • Title: Polarities in Evolution: Lecture 10: Transition from the Luciferic to the Ahrimanic Age and the Christ Event to Come
    Matching lines:
    • our description on the feelings that are paramount in human souls. It
  • Title: Problems of Our Time: Lecture I
    Matching lines:
    • fewer socialist “programmes” would be formed; they
    • requires a different frame of mind from that which has
  • Title: Problems of Our Time: Lecture II
    Matching lines:
    • programme of a modern Educational Society. After much stumbling
    • speech, with its tunes and sounds, even with its grammar, a
    • language, in the configuration of its sounds and its grammar,
  • Title: Problems of Our Time: Lecture III
    Matching lines:
    • which are but little noticed show, even in the physical frame,
  • Title: Problems of Our Time: Main Features of the Social Question and the Threefold Order of the Social Organism
    Matching lines:
    • whole life of the State, using the framework of the State for



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